Quinta feira, 17 de Março de 2011

Bom dia,

Muitos de nós já tivemos, pelo menos uma vez, que recorrer a um Hospital Central. O Hospital Central do Algarve é o de Faro. Muito se fala e quase sempre mal deste hospital.

Ontem, tive a segunda crise, em dois dias, de uma doença de que sou portador. Como é "habitual" fui ao SUB de Vila Real de Santo António. Cheguei lá muito mal. Foi necessário tirarem-me do carro. Fui imediatamente atendido. Tive logo 2 enfermeiras a ajudar e tentar perceber o que se passava. Logo de seguida veio o médico falar comigo. Foi iniciado um tratamento que em 99% das vezes me solucionava o problema. Mas desta vez confirmou-se o 1% das vezes que o tratamento aplicado no SUB não funcionou.

O médico propôs-me então ir ao Hospital de Faro para que me fossem feitos exames complementares de diagnóstico. E eu, claro está, aceitei.

Quase imediatamente chegaram os Bombeiros de Vila Real de Santo António que me ajudaram a chegar à ambulância. A viagem até Faro correu bem e rápida. Às 8 da noite o transito não é demasiado.

Cheguei ao Hospital às 20:33 e passei imediatamente para a triagem. "Ofereceram-me" uma pulseira amarela. Passei para a sala de espera (numa cadeira de rodas pois não tinha forças para conseguir andar). Esperei alguns minutos até que uma funcionária me pediu "emprestada" a cadeira de rodas para puder ajudar um outro doente. Quando me a devolveu, pediu-me que me sentasse de novo na cadeira mas já não fui capaz. A funcionária apercebeu-se que eu não estava nada bem. Pediu de imediato ajuda a 3 bombeiros que se encontravam perto e colocou-me numa maca.

Passados alguns minutos tinha uma enfermeira (esposa de um amigo por coincidência) a fazer-me um ECG. Resultado: "do coração não morres hoje"!! Um pouco mais de espera e o médico faz-me uma visita e tentar perceber o que se passa comigo para me puder ajudar. Mais umas análises...

Um pouco mais de espera e uma outra enfermeira a tirar-me sangue. Disse-me ela: "isto vai doer um pouco mas tem que ser!". Só senti uma picada insignificante. Perguntei-lhe quanto tempo poderia demorar até serem conhecidos os resultados. Respondeu-me: "cerca de hora e meia". OK

Tentei descansar um pouco. Fiquei com frio. Pedi uma manta a uma das auxiliares que passava no corredor onde eu estava. Respondeu-me que iria buscar logo que entregasse uns papéis que tinha consigo. E assim foi. Ao fim de uns 5 minutos lá tinha o meu cobertor. 

Passado cerca de duas horas lá chegaram os resultados: "está tudo bem exceto alguns parâmetros que podem indiciar uma pequena infeção como uma gripe ou algo parecido". 

Por esta altura já começava a sentir-me um pouco melhor. Já tinha forças para falar num tom minimamente audível.

O médico perguntou-me se me encontrava já melhor ao que respondi afirmativamente. Foi então decidido dar-me alta.

Escrevo esta mensagem pelo seguinte. É conhecido que um hospital não é um hotel. Os confortos são relativos. A atenção do pessoal é a possível quando há dezenas de pessoas a queixarem-se cada uma pelo seu lado. Dedico aqui o meu mais profundo agradecimento e orgulho para todo o pessoal que trabalha em meio hospitalar. Desde as auxiliares de ação médica, passando pelos enfermeiros, médicos e todo o outro pessoal como os bombeiros. Eles fazem o seu melhor para nos dar um pouco mais de conforto e saúde. Eles não podem acudir a cada solicitação dos doentes sempre e quando queremos. Não sejamos egoístas quando recorremos a um hospital.

Passem bem,

Jorge Fernandes

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